O cisto de ovário pode ocorrer no período neonatal, geralmente do 3 trimestre da gravidez. Esses cistos resultam de estimulação excessiva dos ovários por hormônios placentários.
Cistos pequenos, menores 2 cm, não são considerados patológicos e sua involução ocorre de forma espontânea. Já os cistos maiores de 5 cm, podemos ter a torção do pedículo ou ruptura do mesmo com hemorragia.
Algumas vezes, podemos ter a torção e amputação do ovário no período intra-utero, e o achado for de massa abdominal. A intervenção cirúrgica nos cistos maiores ou sintomáticos é fundamental para evitarmos a perda desse ovário.
Felizmente, o risco de malignização é raro. Podemos ter cistos de ovários em pacientes pré-puberes, idade 9 aos 12 anos. Podemos ter cistos simples ou complexos, nessa idade, o risco de malignidade já aumenta.
Temos necessidade de exames de imagem e laboratoriais para realizar o estadiamento e definir a conduta. Cistos simples pequenos podem ser observados, porém os maiores, sintomáticos e complexos têm sempre indicação cirúrgica.
Metade dos casos de cisto de ovário nessa faixa etária, apresentam como forma aguda complicada, com torção e ruptura.
A torção de ovário costuma se apresentar com dor súbita, continua, localizada em baixo ventre. A paciente sabe informar a hora exata que iniciou a dor. Podemos ter um quadro clínico semelhante ao da apendicite aguda. A intervenção cirúrgica imediata é fundamental nesses casos para evitar a perda do ovário.