A hidrocele é presença de líquido abdominal dentro do saco escrotal. Pode ser residual ou comunicante.
Ela pode ser secundária a um trauma ou infecção testicular também.
Nas crianças, a forma congênita é mais frequente.
A hidrocele pode ser comunicante e não comunicante. A hidrocele não comunicante é assintomática em bebês e pode ser acompanhada, com resolução de mais 80% no primeiro ano de vida.
Hidroceles volumosas ou comunicantes tem indicação cirúrgica após esse período.
Dentro das patologias testiculares, temos a criptorquidia, onde há parada de migração do testículo até a bolsa escrotal, resultando em bolsa vazia e posição testicular inguinal ou intra-abdominal.
A descida testicular depende da interação coordenada de vários fatores (hormonais, mecânicos, estruturais). Podemos ter testículos palpáveis e não palpáveis. Podemos ter ainda um testículo retrátil, que já estava na bolsa escrotal, porém retrai constantemente.
A incidência de testículo não descido é 3% bebês a termo (40% em prematuros). A maioria desce no primeiro ano, após isso, sua descida é improvável.
O local correto do testículo é dentro da bolsa escrotal.
Importante examinar mais de uma vez o paciente, pois temperatura externa pode alterar na contração do cremaster e modificar a posição testicular. Da mesma forma, testículo não palpáveis podem ser palpados após indicação anestésica.
A necessidade de fixação do testículo na bolsa escrotal, cirurgia de orquidopexia, é necessário pelo risco de infertilidade e malignidade.
A associação com tratamento hormonal às vezes pode ser usada, especialmente em casos bilaterais. Meninos com testículos não palpáveis bilateralmente necessitam avaliação genética, endócrina e exame de imagem.