Definido com dor escrotal com ou sem edema e hiperemia. O reconhecimento precoce e atendimento apropriado é fundamental para evitarmos perda testicular. A torção do testículo resulta na torção do cordão espermático e isquemia testicular com necrose testicular.
Temos uma janela de 4-8 h para poder reverter essa isquemia, antes que ocorra lesão irreversível.
A exploração testicular é indicada mesmo após esse período, pois a viabilidade testicular é difícil de ser prevista e, muitas vezes, essa informação é omitida pela criança.
Podemos ter torção testicular neonatal, parecida com a extravaginal. A torção testicular normalmente ocorre antes dos 3 anos e após a puberdade.
Algumas patologias não necessitam de cirurgia, porém no caso da torção testicular, a cirurgia é imprescindível e realizada em caráter de urgência, evitando a isquemia testicular irreversível.
Exame físico adequado e exame de imagem (ultrassonografia com doppler colorido testicular) por profissional habilitado é necessário no diagnóstico diferencial.
Torção de apêndice testicular é a causa mais comum de escroto agudo. O apêndice testicular é um vestígio remanescente do ducto de Müller. A torção do apêndice ocorre mais frequentemente entre 7-10 anos.
Nessa patologia, podemos ter no exame físico o “ponto azul”, sinal do apêndice isquêmico, vista através da pele. Como a torção é autolimitada, podemos tratar com medicamentos. Contudo, em alguns casos, os sintomas são prolongados e necessitam de cirurgia.
A epididimite bacteriana é rara em crianças. Um exame das vias urinários é necessário após o episódio para investigar malformações associadas (refluxo vesico ureteral, etc).